Ultimamente tenho notado o quanto a facilidade da tecnologia atrapalha as relações humanas. Tornou-se tão acessível amar por Facebook, Whatsapp e afins que também tornou-se dispensável demonstrar amor na proximidade. Talvez depois dessa declaração você me ache exagerada ou sentimental demais. Mas acredite, é o inverso disso que estou tentando aplicar nesse texto. Bauman já escreveu sobre essa liquidez de sentimento, talvez eu não diga nada novo se você o conhece. Mas a cada dia que passa percebo o quão certo esse sociólogo quase centenário está. A começar por mim, tenho questionado como a facilidade de manter contato com o mundo através das ferramentas tecnológicas podem estar atrapalhando e muito minha vida social, pessoal e até mesmo profissional.
Não acho que cheguei no tempo que amar o outro virtualmente seja melhor do que olhar nos olhos, ouvir a voz e sentir um abraço. Certamente, não. Mas infelizmente percebo que as pessoas, sejam as que estão a minha volta ou não, não conseguem entender que é exatamente isso que elas estão cavando dia após dia.
Naturalmente sempre fui uma pessoa que talvez por ser tão introspectiva acabei desenvolvendo melhor a capacidade da auto crítica. E sempre achei importante demais estar sempre me auto avaliando. Meus textos são reflexo em suma maioria dessas avaliações constantes. Vejo que preciso melhorar como humana. Mas vejo que preciso de outras pessoas para me aprimorar. Afinal, duas cabeças pensam melhor do que uma, ninguém consegue se desenvolver sem troca, sempre somos alunos e professores etc. Mas como esse desenvolvimento pode acontecer se hoje o olhar no olho perdeu espaço para olhar a tela do computador e do celular? Onde percebemos que para medir o amor se resume à mudanças status em rede social e postar fotos sempre muito felizes com quem estamos atualmente. Digo atualmente, pois a cada dia fica mais evidente que o relacionamento dura na mesma velocidade em que se muda o status e se é capaz de desfazer. Tudo virou motivo para curtir e se não gostar da opinião do outro eis que se instala a Terceira Guerra Mundial. Ou será que devo chamada de mais uma em um milhão de guerras virtuais?
A internet veio para facilitar nossas vidas, concordo. Excelente ferramenta de comunicação, e claro, propagação da informação. Pena que na maioria das vezes não é bem utilizada. Vejo as pessoas se compadecendo das dores alheias, como as dores Francesas e Sírias, mas na vida real mesmo passa ao lado de um morador de rua e pensa que aquela pessoa ali nada mais é que um 'vagabundo'. Porque a lógica é 'Não tem emprego, mas tem trabalho'. E não procuram entender que ali certamente tem uma história que não é simples. Ou ainda tem quem acredite que política se resolve aos 'Tapas virtuais' questionando o voto do outro nas eleições passadas se isentando de culpa porque não fez a mesma escolha que o amigo virtual (Me incluo nisso também). Vejo que essa exposição toda só alimenta nosso ego, mas não nos faz mais aceitos. Curtidas em fotos não nos faz mais bonitos, fotos em lugares paradisíacos não nos faz melhores de quem tem vista para uma 'parede' de saco de lixo.
São valores inversos. Já parou para pensar no valor que tem o olhar de quem amamos? Já parou para pensar em quem realmente você quer ter ao seu lado daqui há 20 ou 30 anos? Mais do que isso. Já parou para pensar no que você realmente deseja construir para ser feliz? Sinceramente, sei que aprendemos constantemente e isso que nos faz crescer e fazer boas escolhas ou não. Eu aprendi vivendo num relacionamento à distância, por exemplo, que quando o sentimento é forte realmente e a vontade de dar certo também, você entende que o sacrifício vai ser bem cruel, mas que a internet é uma aliada para aproximar mesmo quem está há milhas de distância de você. Também aprendi que dizer que ama, mas só ama pela internet não vai fazer com que esse 'amor' dure na realidade. Porque daí vem a liquidez que o sentimento da distância virtual traz. Onde estar próximo se tornou um sacrifício ao invés de um prazer. Onde o beijo só é doce quando se diz que se tem saudade, mas na proximidade ele é amargo e vazio. Tão vazio quanto o abraço, que só se faz bom na saudade que pelas letras digitadas em declarações nas redes se dizem existir. Quando o estar longe nem sempre mede a distância, porque nós criamos laços que se desfazem facilmente com um clique.
Portanto, refaça os laços que estão soltos por essa facilidade. Ame quando realmente estiver frente à frente. Seja próximo, ouça com atenção quando estiver próximo. Fale do que sente e demonstre com sua expressão física.Pergunte olhando nos olhos, se preocupe em carne e osso, se preocupe em ação. Faça, refaça, explore ideias, lugares. Resgate quem ama enquanto ainda há tempo. Talvez o amanhã não exista e seu status e declarações desapareçam assim como o sentimento que se resumiu ao virtual.
Esse é um blog criado para escrever com o coração. Sem limitação. Apenas para eternizar o que se quer expressar, ou descrever o que não se pode dizer. A intenção é levar amor e aprendizado, e claro aprender a me tornar melhor a cada dia.
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domingo, 17 de janeiro de 2016
quarta-feira, 15 de julho de 2015
Vamos nos permitir!
Bom dia, acho que deveria dizer isso. São (Eram) 7:10 da manhã, quando começo (comecei) a escrever esse texto. Pode ser que você esteja acordando, indo para trabalho ou para vida acadêmica. Não sei, pode ser que nem mesmo seja dia quando venha ler esse texto. Inicialmente ele iria se chamar 'No fundo, a gente só quer que seja recíproco', agora não será mais, mas ainda nem sei como se chamará. Para você que dei bom dia, eu posso dizer que ainda nem dormi. Na verdade essa noite não consegui, faz tempo que não tenho boas noites de sono. Mas hoje foi um pouco diferente da rotina, por isso estou aqui tão cedo para vocês, escrevendo, e tão tarde para mim, que ainda nem preguei os olhos. Mas vamos ao que interessa, vamos ao motivo desse novo texto.
Bom, para começar eu não costumo assumir algumas coisas na minha vida, em contrapartida outras o faço bem, a notar pelo que escrevo. Mas esse texto nem sei se me entenderão, espero que sim. Essa noite decidi pegar um livro pra ler no Kindle, na verdade já tinha baixado esse livro há algum tempo, mas foi por engano, mas pela falta de sono e de opções, talvez, decidi começar. O livro se chama 'Equilíbrio - A vida não faz acordos.', ele foi escrito por uma jornalista chamada Flavia Mariano, também aqui do Rio de Janeiro. E acreditem, se soubesse que esse livro poderia me trazer tanto 'transtorno', o teria lido, mas não por engano. Bom, basicamente o que posso dizer da obra é que com toda certeza, o mundo deveria conhecê-la. O livro fala sobre a importância de se botar em primeiro lugar, frente especialmente as loucuras das obrigações cotidianas dessa rotina medíocre e moderna que vivemos. Fala da importância de coisas simples, porém as mais valiosas que nós temos - nós mesmos. O respeito a si próprio, as nossas limitações, aos que nos cercam - família, amigos, amores - e não menos importante aos nossos verdadeiros sonhos. Não sei se é bem um livro de auto ajuda ou de repente um pouco da vida da autora ou de alguém que ela conheça, mas sinceramente, pareceu a minha própria vida. E isso é bem assustador, acredite.
Acho que todo mundo sabe bem o que não quer para a vida. E também acredito que todo mundo já se perguntou o que realmente quer para a vida. Entende? Todo mundo, em pelo menos algum dia já parou para sonhar com carreira, amor, saúde e sonhos. Sonhos sem fim. Vamos conhecendo pessoas e suas histórias, suas conquistas e derrotas, pretensões, mas esquecemos de que sonhos não se realizam sozinhos, não se constrói nada do nada - por mais que pareça redundante, é bem esse o sentido que quis dar a frase. O livro fala sobre equilíbrio realmente, mas vai além disso, pelo menos foi assim pra mim. Acho que ele mexeu tanto com o meu interior, que realmente não tinha como depois desse livro tentar 'maquiar' algo. Vejo que o que escrevo é sim totalmente o que eu sou, o que quero ser e ter. Mas pela primeira vez ao invés de sonhar, realmente fui sincera e me perguntei o que eu realmente estou fazendo para ver meus sonhos além dos sonhos. E fui sincera para responder que não estou fazendo nada. Eu sempre detestei a palavra procrastinação, e mais do que isso, sempre detestei o significado dela. Mas acho que nem mesmo fui capaz de perceber que estou extremamente absorta nesse próprio sentimento. Todas as pessoas no mundo desejam ser felizes, idealizam um mundinho perfeito para a vida, tudo isso é maravilhoso. Mas se fosse por idealização de repente ao invés de estar agora escrevendo esse texto gostaria de estar aproveitando alguma viagem curtindo o mar do Caribe ou Tailândia, ou acordando ao lado do amor da minha vida, ou mais do que isso sendo uma mulher bem sucedida, bem casada, economicamente e emocionalmente feliz, com um casal de filhos e um cachorro. Se esse é o meu objetivo de vida? Talvez seja, talvez não... na verdade quem não quer um grande amor e uma família linda? Quem não quer se ver em belas paisagens? Acho que seria estúpida se também não desejasse me sentir amada por pessoas tão especiais, ver através do olhar de alguém a importância que tenho naquela vida, por exemplo. É lógico que quero isso! Parece tolo, simples demais, sonho de menina... eu sinceramente não sei o que podem pensar sobre. Mas são meus sonhos, e acho que não cabe a ninguém julgá-los. Eu não posso julgar ninguém que sonha em ganhar na loteria, ou alguém que se pudesse abraçaria o mundo. Cada um sabe o que faz ou poderia fazer feliz. Cada um neste mundo está em busca da felicidade. Mas não basta sonhar, tem que querer mesmo, e se levantar. Seja para ir na loteria e de repente ter a real chance de ver seu sonho ser realizado, ou ser a pessoa que vai abraçar o mundo e não ter rumo. Não sei se quero coisas mais simples ou não. Porque sei das dificuldades dos dias de hoje, sei perfeitamente o quanto é difícil encontrar alguém que compartilhe das mesmas intensões que eu. Ou alguém que assim como eu agora - para quem venha 'me ler' - seja tão corajoso em admitir que o que espera do amanhã é um simples olhar e uma voz sonolenta e embargada dizendo um 'Bom dia' no meio de uma espreguiçada.
Percebi que o mundo moderno não deixa as pessoas mais próximas, apenas mais procrastinadas como falei. É bem mais simples ligar o Skype para falar com um amor que está do outro lado do planeta, do que tomar a pílula da coragem para pegar o avião e encontrá-lo, e deixar sua vida cômoda de usar a tecnologia à favor de vocês. É muito mais simples mandar um e-mail do que ter aquele cuidado em por no papel os sentimentos e demonstrar através da letra o quão humanos somos, o quão e o que um papel e uma escrita podem dizer de nós. Nesse livro relembrei de o quanto gostava de escrever cartas, e me lembrei da última pessoa que recebeu uma carta minha. São pequenas coisas, talvez insignificantes para a maioria tendo em vista o gigante que a tecnologia se tornou, mas ela também tem se tornado opressora.
Durante a leitura do livro notei sobre cada gesto que com o passar do tempo foi deixando de fazer parte da minha rotina, e que hoje fazem parte desses meus sonhos junto com a família que quero ter. Porém percebi quem não tenho a mesma preocupação com a minha própria família, meus pais, meus irmãos, meus sobrinhos. Será mesmo que posso oferecer isso a família que quero ter? Será que poderei exigir esse tempo dos meus filhos, se como filha não dedico isso aos meus pais? Sabe, ao mesmo tempo que é perturbador me ver lançada no meio de tantas perguntas agora, especialmente após a leitura desse livro, me sinto muito grata por ter tido a chance de ter baixado algo por engano, e mais ainda por não ter tido sono essa noite, podendo assim ter um (Re)Start na minha vida. Realmente a vida não faz acordos, realmente o tempo não espera, o hoje daqui a 24 horas será passado, e o amanhã se fará presente. E o tempo cada vez mais se mostra implacável, porque na verdade somos nós que nos tiramos os verdadeiros prazeres da vida, e o verdadeiro sentido da felicidade. É tão simples realizar, talvez mais simples do que sonhar. É aquela máxima do basta querer, quando queremos algo de todo coração, não colocamos desculpas ou deixamos para amanhã. Simplesmente fazemos! Se temos tempo para cumprir horários, metas e trabalhos sem fim, por que não ter tempo para cumprir o nosso compromisso com a nossa felicidade?
E lembra do título? Realmente no fundo, a gente só quer que seja recíproco. E onde ele se aplica nisso tudo? Se passamos a vida inteira esperando que a felicidade bata a nossa porta e sorria para gente, será que ela também não espera que seja recíproco? Então por que não tentar bater na porta da felicidade e sorrir para ela? Que tal começar o dia sendo ousado? Acho que não tenho nada a perder. E você, o que pensa sobre?
Bom sei que o texto ficou grande, na verdade escreveria muito mais se pudesse, afinal pela tela do meu celular o livro teve 2409 páginas. Eu tive 2409 oportunidades de rever a minha vida. Eu gostaria de agradecer a autora do livro se pudesse. Não sei se terei todos os dias 2409 oportunidades de ser ousada, mas pelo menos, 1 lição disso tudo eu tirei. De que realmente vale muito mais a pena viver a vida de verdade ao invés de sonhar ter vivido a vida e permitir que ela vá se perdendo dia após dia. Obrigada Flavia Mariano, você me fez pensar sobre o que realmente vale à pena. Espero que tenham curiosidade de conhecer a obra.
Obrigada pela atenção. Ah são 08:07, fico feliz de ter levado praticamente 1 hora escrevendo sobre algo que realmente me fez chorar de arrependimento e de alegrias. E como diz a canção 'VAMOS NOS PERMITIR! (Esse será o título do texto).
P.S: Há tempos tenho pensado sobre a minha vida, sobre tudo o que me cerca, sobre quem me cerca. E esse livro eu li depois de uma 'discussão' com alguém. E percebi que perdi pessoas especiais, e que não quero perder mais ninguém e nem a minha própria vida. Reflitam. Olhem para dentro de vocês, e encontrarão a resposta que tanto precisam.
quinta-feira, 18 de junho de 2015
Carta sobre o meu amor para avó do meu amor
OBS: Essa é uma carta real, sofreu alterações para a preservação de identidade dos personagens. Ela data de 25 de maio de 2015
Vó, eu andei pensando nos últimos tempos na verdade desde a minha última visita sobre o amor, sobre a aplicação dele e como desenvolver isso. E gostaria muito de compartilhar isso com a senhora, e claro conhecer a sua visão sobre. Enfim, eu sempre estou dando trabalho a senhora, desculpe-me. Mas acho que isso tem muito a ver com a relação de amor, confiança, carinho, respeito e admiração que venho nutrindo pela senhora há tantos anos.
Bom, vamos lá.
Vó, eu tive analisando muito, muito mesmo sobre essa questão do sentimento pelo seu neto.
Primeiramente, eu penso que quando há amor ele não pode ser menor do que qualquer problema ou limitação. Acredito que o amor não impõe regras, não sufoca... o amor constrói, é capaz de ceder, de ensinar, de aprender... Sei que sou realmente muito jovem, e lógico que quando o conheci era bem mais. Mas ainda sim acredito fielmente na pureza dos meus sentimentos. E que quando olho para trás, embora eu veja diversos momentos de bastante dor, e claro dificuldade, vejo a importância desse sentimento na delicadeza das pequenas coisas que vivi ao lado dele. E quando escrevo isso, me refiro ao meu sentimento que sempre foi livre de qualquer presente, de qualquer preço, porque amar não tem preço. E digo isso porque esse meu sentimento sempre se deu pelo gestos simples de afeto como: um abraço, um beijo e uma simples demonstração diária de carinho e respeito.
Hoje, quando todos me falam que é perda de tempo ainda esperar por ele, eu sinceramente não ouço. Não sei se faço certo ou errado, mas vou ser sincera, não faço por ele. Faço realmente porque tenho total confiança no que eu sinto. Pela maturidade que tomei para a minha vida nesses últimos 5 anos. E por mim. Pelo o que sempre acreditei. E principalmente, por um ato que tive que foi aplicar o amor-próprio na minha vida. Daí a minha opção de respeitar meu sentimento ficando só, não gerando expectativas para outras pessoas, e me respeitando. Especialmente uma vez que sei que hoje não me sinto capacitada para outra relação, então sei que não devo insistir nisso. O fato de não procurá-lo tem muito a ver também com esse amor-próprio. Vejo que se ele há anos atrás teve motivos para terminar, acho que se realmente sente algo por mim, também teria motivos para chegar e ter a postura de me procurar. Como já chegou a fazer anteriormente. E conversar comigo e acertar as arestas do passado, construir algo novo. Acho que quando se toma conhecimento do seu valor, e da sua capacidade auto-valorização, tudo fica muito diferente; tudo fica bem mais definido. E é por isso que eu sei como quero que minha vida seja daqui há 10 ou 20 anos. E já sabia disso há 7 anos atrás quando o conheci. Sei que tenho certeza que quero ter minha família, meus filhos. E vejo que isso será extremamente essencial para mim. E é claro que farei de tudo para ter isso, e para que isso dure e frutifique. Só que daí entra ele... será que esse é o desejo dele? Quando você quer muito uma coisa, mesmo que demore muito, você faz de tudo para ter seu sonho realizado. Eu posso virar e falar que quero tudo isso - e um relacionamento que transborde a minha felicidade, e que eu possa proporcionar o mesmo pelo outro - mas e o que eu faço para ter isso? Se não faz, se não tenta... é porque não quer realmente. Todas as noites eu peço a Deus uma nova oportunidade junto a ele, e nesses anos o que eu me permito fazer é Orar. E sempre falo que se for melhor para ele outra que não seja eu, que ela seja capaz de amá-lo mais do que eu o amo. Mesmo que me machuque, espero que ele seja feliz.
Vovó, eu particularmente não quero pensar daqui há 20 anos que 'colecionei amores' ou pior que sobrevivi de 'migalhas de amores', especialmente quando eu sei que mereço me sentir plena nesse aspecto. Mereço, porque me vejo uma pessoa com sentimentos bem definidos, com sonhos bem definidos. E mais do que isso, bem disposta a me realizar. E se eu realmente não tenho dúvida, por que então não vivo isso hoje? Quando pensei nisso tudo fui muito justa, e eu tenho para mim quando falo sobre colecionar amores... que não quero daqui há 20 anos pensar: 'Passei 2 anos com seu neto, 6 meses com outro, tanto tempo com fulano e tanto tempo com beltrano'. Daqui há 20 anos prefiro pensar que 'Passei 2 anos com o seu neto, 6 meses com o outro, e estou há tantos anos com a pessoa que escolhi dividir todas as dificuldades e desprazeres da vida. Porque um relacionamento não é feito só de felicidade. E claro, que gostaria mais do que isso, pensar que passei 2 anos com o seu neto, 6 meses com o outro... e que tudo o que passei nos 5 anos que fiquei longe dele foram suficientes para me entender, me aprimorar, para amadurecer e aí sim, poder viver até o fim enfrentando o que fosse e não perdendo o Amor que sinto. E claro, gostaria que isso acontecesse ao lado do próprio neto da senhora.
Hoje me sinto completa, porque aprendi a me fazer feliz sozinha, a querer passar mais tempo em minha companhia. Mas gostaria de viver um relacionamento que fosse possível ver que o amor é capaz de transbordar a felicidade que já sinto. Eu vejo que hoje os relacionamentos são tão líquidos... e o que eu quero é a solidez de um sentimento. A profundidade desse sentimento, a gratidão, a compaixão, a troca, o ato de se colocar no lugar do outro, o cuidado, a preservação do amor, o respeito e a continuidade. Este tipo de amor resignado, doce, companheiro, fiel. Definindo, quero uma relação estável e duradoura.
Embora jovem, não me sinto contente em viver relações superficiais que esse mundo moderno proporciona. Não consigo tratar ninguém como um bem de consumo, que quando eu enjoar vou descartar para trocar por um modelo mais novo, com um design mais bonito. Pessoas não são mercadorias, e muito menos sentimentos. Quem não se envolve, quem não ama, quem não sofre, não vive. Sobrevive. Eu quero viver os desafios que deveriam fortalecer as relações que todos os casais que escolhem ficar juntos lutam diariamente para vencer e continuar amando. E que hoje são os principais motivos de descarte. Na minha geração infelizmente, no primeiro sinal de dificuldade, a menor das incompatibilidades vira motivo para terminar. Sinceramente, não quero mais viver relações tão pobres e vazias. Isso cansa muito e ser for para ser assim ainda acho que é melhor ser feliz sozinha. Não quero fazer uma coleção de experiências, gostaria de viver uma experiência que mudasse todo o sentido da vida. Não quero um mosaico de amores, onde eu sempre tiro uma lição de cada relacionamento, em cada término. Não quero viver de frases como: Não era para ser, ou, agora ele é uma página virada. Eu quero sim um amor: chato, implicante, cansativo, mas cheio de afeto, cuidado e integridade. Aquele que mesmo brigado com o outro você se preocupa. E eu me enxergo nisso com o seu neto. Inacreditavelmente, depois de tantos anos separados, ainda sou capaz de me preocupar com alguém que nunca me mandou nem uma mensagem para saber como eu estou. Realmente sou muito burra ou o meu amor é livre de qualquer interesse. A senhora me entende? Será que eu estou tão errada assim?
Vozinha, desculpa esse texto gigantesco, mas é essa a forma que enxergo tudo isso. Acho que não adianta nada ele perguntar para senhora se eu sou a melhor opção, se ele perde tanto tempo com tantas outras meninas. Enquanto poderia estar construindo uma história comigo. Não adianta procurar em tantas outras, o que (in)felizmente só eu posso oferecer. Amar é uma questão de escolha, mas a vida não nos dá tempo para vivermos de maneira andarilha e errônea. Diferente dos jogos de vídeo-game dele, na vida real não tem 2 ou 3 vidas, não tem 'restart'. Eu já me enxerguei, só acho que ele ainda não se encontrou. Mas me dói um tanto saber que enquanto estou aqui, ainda disposta, ele prefere tentar me encontrar em tantas outras mulheres.
Um beijo,
Sua neta do coração
.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Sobre o Amor e a Paixão
Estive pensando sobre o amor e a paixão. E acho que tenho uma nova consideração sobre isso. Um complemento talvez. Mas, na verdade sei que ambos são como um alimento para a vida. A paixão se mostra avassaladora, intensa, passional. O amor por sua vez se mostra tênue, compassivo, porém inteiriço. Por características são elementos um tanto diferentes. Mas quando conseguimos conciliá-los vejo que essa pode ser uma mistura sobrenatural.
O que pode ter de tão sobrenatural nisso? Bom, você já pensou que amou ou se apaixonou por alguém certamente. Mas já tentou entender o porque essas relações não deram certo? Ou já pensou o que falta para a sua relação não passar por tantos altos e baixos? É bem simples a resposta, faltou um desses elementos, ou realmente acreditar na importância deles juntos. As relações atualmente não tem a mesma densidade emocional que as relações dos nossos avós, justamente por falta de amor ou paixão, ou até mais do que isso, os dois. Crescemos assistindo Contos de Fadas da Disney onde ensinam que o amor supera tudo. Lindo isso, mas nada real... como disse apenas um Conto do Fadas. Mas mesmo assim cometemos o erro de desejar algo com Príncipes, cavalos e castelos. Fico pensando: Beleza, e cadê a paixão nisso? Queira amar a ponto de acordar todos os dias e ser capaz de se apaixonar novamente pela mesma pessoa! É impossível!? Não, não é! Basta querer... E além disso queira diante a toda paixão que for capaz de sentir dia após dia, amá-lo de maneira incondicional. A paixão pode até ser egoísta, mas o amor não. O amor pode até ser calmo, mas a paixão não. Então que tal pegar o melhor de cada um desses sentimentos e fazer algo sobrenatural? Ao invés de desejar um Conto de Fadas já escrito há décadas, você será capaz de escrever a sua própria linda história de amor apaixonado.
Procure definir bem quais são os pontos bons e os pontos não tão bons assim de cada sentimento desses, escolha aquele que lhe agradar mais. Escolha o que mais lhe faz falta hoje, e principalmente aquele que será o ponto que fará você desejar aquela pessoa incondicionalmente a cada novo dia. A cada nova oportunidade. Olhe para ele(a) e lembre com amor o que uniu vocês dois e o que mais ama nele(a). E seja capaz de ser sincero e definir bem os defeitos desse seu amor. Se você com tudo isso ainda for capaz de amá-lo com tudo o que pode, e ainda quiser estar com essa mesma pessoa por mais um dia, você ainda terá a paixão dentro de você. Façam isso juntos se puderem, sejam amigos, amantes... sejam reais, e não se preocupem tanto com o tempo. Aproveitem tudo o que puderem. Aproveitem a cara de sono, a falta de humor, o sorriso, o olhar, o toque, aproveitem o gosto. E quando perceberem já terão passado tanto tempo juntos, que tudo isso terá um novo formato a cada dia. Os olhos e o sorriso envelhecerão. O toque, de firme se tornará mais suave. O beijo de intenso e eloquente, se tornará sensível e comedido. E ainda terão a cada dia mais oportunidades de descobrir um sobre o outro até o fim. Cada dia terão a chance de fazer um dia ser realmente diferente do outro, e terão a oportunidade de cada dia reconquistar o próprio amor.
Amem mais, o amor cura a alma!
O que pode ter de tão sobrenatural nisso? Bom, você já pensou que amou ou se apaixonou por alguém certamente. Mas já tentou entender o porque essas relações não deram certo? Ou já pensou o que falta para a sua relação não passar por tantos altos e baixos? É bem simples a resposta, faltou um desses elementos, ou realmente acreditar na importância deles juntos. As relações atualmente não tem a mesma densidade emocional que as relações dos nossos avós, justamente por falta de amor ou paixão, ou até mais do que isso, os dois. Crescemos assistindo Contos de Fadas da Disney onde ensinam que o amor supera tudo. Lindo isso, mas nada real... como disse apenas um Conto do Fadas. Mas mesmo assim cometemos o erro de desejar algo com Príncipes, cavalos e castelos. Fico pensando: Beleza, e cadê a paixão nisso? Queira amar a ponto de acordar todos os dias e ser capaz de se apaixonar novamente pela mesma pessoa! É impossível!? Não, não é! Basta querer... E além disso queira diante a toda paixão que for capaz de sentir dia após dia, amá-lo de maneira incondicional. A paixão pode até ser egoísta, mas o amor não. O amor pode até ser calmo, mas a paixão não. Então que tal pegar o melhor de cada um desses sentimentos e fazer algo sobrenatural? Ao invés de desejar um Conto de Fadas já escrito há décadas, você será capaz de escrever a sua própria linda história de amor apaixonado.
Procure definir bem quais são os pontos bons e os pontos não tão bons assim de cada sentimento desses, escolha aquele que lhe agradar mais. Escolha o que mais lhe faz falta hoje, e principalmente aquele que será o ponto que fará você desejar aquela pessoa incondicionalmente a cada novo dia. A cada nova oportunidade. Olhe para ele(a) e lembre com amor o que uniu vocês dois e o que mais ama nele(a). E seja capaz de ser sincero e definir bem os defeitos desse seu amor. Se você com tudo isso ainda for capaz de amá-lo com tudo o que pode, e ainda quiser estar com essa mesma pessoa por mais um dia, você ainda terá a paixão dentro de você. Façam isso juntos se puderem, sejam amigos, amantes... sejam reais, e não se preocupem tanto com o tempo. Aproveitem tudo o que puderem. Aproveitem a cara de sono, a falta de humor, o sorriso, o olhar, o toque, aproveitem o gosto. E quando perceberem já terão passado tanto tempo juntos, que tudo isso terá um novo formato a cada dia. Os olhos e o sorriso envelhecerão. O toque, de firme se tornará mais suave. O beijo de intenso e eloquente, se tornará sensível e comedido. E ainda terão a cada dia mais oportunidades de descobrir um sobre o outro até o fim. Cada dia terão a chance de fazer um dia ser realmente diferente do outro, e terão a oportunidade de cada dia reconquistar o próprio amor.
Amem mais, o amor cura a alma!
sexta-feira, 15 de maio de 2015
Um novo olhar sobre a vida
Olá, hoje o Post é um pouco diferente. Eu passei os últimos dias refletindo muito sobre toda a minha vida. Talvez curta biologicamente falando, mas aos 25 anos vejo que amadureci um pouco. E isso me fez querer escrever hoje. Quem sabe não posso ajudar alguém?! Espero que gostem, esse é o meu novo olhar sobre a vida.
Algumas vezes precisamos de um choque de realidade. Sempre reclamamos da vida que levamos, das coisas que não temos. Mas... o que fazemos para alcançar nossos sonhos? Por diversas vezes me sinto limitada, sem força para lutar pelo que eu quero. Mas acho que não tenho direito de murmurar. Tantas pessoas no mundo vivem em condições subumanas, ou até mesmo não dispõe da mesma saúde que eu. E mesmo com todas as limitações e faltas de possibilidade delas, elas se reinventam, se superam, e enfrentam tudo para chegar onde sonham chegar. E passam pela vida sem reclamar do que aconteceu, isso é um grande aprendizado. Se pararmos para analisar bem as coisas, sempre vamos perceber que determinada situação que não aconteceu como planejado, lá na frente nos serviu de aprendizado. E certamente, se não aconteceu naquele momento foi bom, até mesmo para nos permitir ter algo melhor quando chegar a hora. Então sempre existe um bom motivo para agradecer a cada amanhecer de um novo dia.
Aprendi a pouco tempo que quando não se pode voar, se deve correr. Quando não se pode correr, se deve andar. Quando não se pode andar, se deve rastejar. Mas realmente a única coisa que não se pode fazer, é desistir. Não importa como fará para chegar lá, nem ao menos quanto tempo você vai levar. Afinal, não vemos o tempo. Ele só alcança quem desiste. Talvez seja fácil para todos nós colocarmos obstáculos nas nossas vidas, mas e enfrentá-los? A Fé é o que nos move, se preferir chamar assim. Somos nós quem somos donos dos nossos próprios destinos e realmente temos livre-arbítrio de fazer nossas escolhas. E claro, dependendo da nossas decisões aqui mesmo teremos que nos reparar. Isso se chama evolução.
Acredito que somos semelhantes as borboletas. Numa comparação bem singela percebemos que em sua primeira fase são um ovo, como nós dentro do ventre de nossas mães, depois elas se tornam larvas, como nós na nossa infância. Logo após isso, se tornam lagartas, algumas vezes queimam quem se aproximam delas, como auto-defesa ou rebeldia, assim como na nossa adolescência. E quando chega o início da nossa vida adulta e precisamos ir em busca do auto-conhecimento, do nosso aprimoramento, assim como as borboletas, viramos casulos. Nesse ponto tão importante da nossa vida, desse ciclo, temos a oportunidade de rever todos os nossos feitos até então, nos curar de feridas antigas, projetar nossos sonhos com sabedoria para que se tornem realidade. Precisamos avaliar todo o nosso aprendizado até ali, e definir quem realmente queremos ser, e o que realmente queremos e precisamos ter. Quando chegamos ao ponto alto disso e nos preparamos realmente, sem nos vitimizar, culpar a nós mesmos ou aos outros, quando nos desfazemos de todas as amarras que nos prendem a alma, estamos preparados para sermos uma borboleta. Se ela será bela ou não aos olhos dos outros, só depende de nós. Já escolheu que tipo de borboleta você quer ser? Borboletas são polinizadoras, ajudando a restaurar o nosso ecossistema. Podemos ser disseminadores do amor, do bem, ou podemos ser disseminadores de tudo que não é bom. Basta escolher.
Cada vez mais acredito que nossos pensamentos são capazes de se materializar. Então se você desejar com todo o seu coração o que for, com certeza vai realizar. Mas principalmente se você não tiver pensamentos ruins, ou sentimentos que não sejam puros. Desejar o amor e bem ao próximo, mesmo que o próximo não faça o mesmo por você, nos torna maiores ainda. Isso é um exercício de caridade. Ou seja, sempre deseje o melhor para quem quer que seja. E isso se refletirá na sua vida. Caminhe sempre olhando a diante, o resto o Universo fará. Então agradeça sempre por uma ter uma nova chance. Lembre-se que não se deve ser cruel e não julgar ninguém. Essa não é a nossa função. Ajude, você ganhará mais com isso. Porque com certeza, o seu coração se preencherá de felicidade. Isso é nossa missão. Amar o outro como nós mesmos, já dizia o Senhor. Então tenha Fé, e quando se sentires fraco, lembre-se daqueles que nos dão banho com a força e a determinação com que levam suas vidas mesmo sem tantas possibilidades. Ore sempre para ter seu coração e alma puros, e Deus vai te abençoar.
Algumas vezes precisamos de um choque de realidade. Sempre reclamamos da vida que levamos, das coisas que não temos. Mas... o que fazemos para alcançar nossos sonhos? Por diversas vezes me sinto limitada, sem força para lutar pelo que eu quero. Mas acho que não tenho direito de murmurar. Tantas pessoas no mundo vivem em condições subumanas, ou até mesmo não dispõe da mesma saúde que eu. E mesmo com todas as limitações e faltas de possibilidade delas, elas se reinventam, se superam, e enfrentam tudo para chegar onde sonham chegar. E passam pela vida sem reclamar do que aconteceu, isso é um grande aprendizado. Se pararmos para analisar bem as coisas, sempre vamos perceber que determinada situação que não aconteceu como planejado, lá na frente nos serviu de aprendizado. E certamente, se não aconteceu naquele momento foi bom, até mesmo para nos permitir ter algo melhor quando chegar a hora. Então sempre existe um bom motivo para agradecer a cada amanhecer de um novo dia.
Aprendi a pouco tempo que quando não se pode voar, se deve correr. Quando não se pode correr, se deve andar. Quando não se pode andar, se deve rastejar. Mas realmente a única coisa que não se pode fazer, é desistir. Não importa como fará para chegar lá, nem ao menos quanto tempo você vai levar. Afinal, não vemos o tempo. Ele só alcança quem desiste. Talvez seja fácil para todos nós colocarmos obstáculos nas nossas vidas, mas e enfrentá-los? A Fé é o que nos move, se preferir chamar assim. Somos nós quem somos donos dos nossos próprios destinos e realmente temos livre-arbítrio de fazer nossas escolhas. E claro, dependendo da nossas decisões aqui mesmo teremos que nos reparar. Isso se chama evolução.
Acredito que somos semelhantes as borboletas. Numa comparação bem singela percebemos que em sua primeira fase são um ovo, como nós dentro do ventre de nossas mães, depois elas se tornam larvas, como nós na nossa infância. Logo após isso, se tornam lagartas, algumas vezes queimam quem se aproximam delas, como auto-defesa ou rebeldia, assim como na nossa adolescência. E quando chega o início da nossa vida adulta e precisamos ir em busca do auto-conhecimento, do nosso aprimoramento, assim como as borboletas, viramos casulos. Nesse ponto tão importante da nossa vida, desse ciclo, temos a oportunidade de rever todos os nossos feitos até então, nos curar de feridas antigas, projetar nossos sonhos com sabedoria para que se tornem realidade. Precisamos avaliar todo o nosso aprendizado até ali, e definir quem realmente queremos ser, e o que realmente queremos e precisamos ter. Quando chegamos ao ponto alto disso e nos preparamos realmente, sem nos vitimizar, culpar a nós mesmos ou aos outros, quando nos desfazemos de todas as amarras que nos prendem a alma, estamos preparados para sermos uma borboleta. Se ela será bela ou não aos olhos dos outros, só depende de nós. Já escolheu que tipo de borboleta você quer ser? Borboletas são polinizadoras, ajudando a restaurar o nosso ecossistema. Podemos ser disseminadores do amor, do bem, ou podemos ser disseminadores de tudo que não é bom. Basta escolher.
Cada vez mais acredito que nossos pensamentos são capazes de se materializar. Então se você desejar com todo o seu coração o que for, com certeza vai realizar. Mas principalmente se você não tiver pensamentos ruins, ou sentimentos que não sejam puros. Desejar o amor e bem ao próximo, mesmo que o próximo não faça o mesmo por você, nos torna maiores ainda. Isso é um exercício de caridade. Ou seja, sempre deseje o melhor para quem quer que seja. E isso se refletirá na sua vida. Caminhe sempre olhando a diante, o resto o Universo fará. Então agradeça sempre por uma ter uma nova chance. Lembre-se que não se deve ser cruel e não julgar ninguém. Essa não é a nossa função. Ajude, você ganhará mais com isso. Porque com certeza, o seu coração se preencherá de felicidade. Isso é nossa missão. Amar o outro como nós mesmos, já dizia o Senhor. Então tenha Fé, e quando se sentires fraco, lembre-se daqueles que nos dão banho com a força e a determinação com que levam suas vidas mesmo sem tantas possibilidades. Ore sempre para ter seu coração e alma puros, e Deus vai te abençoar.
sábado, 4 de abril de 2015
Ser mulher
Precisei levantar da cama após um dos meus clássicos momentos de reflexão noturna para escrever esse texto. Naturalmente sei que algumas pessoas me associam à textos tristes, de amor, enfim, sentimentos do coração. Mas hoje parei para pensar no que eu me tornei. As preferências que tomaram as rédias da minha vida, e certamente me fizeram mudar muito. É até engraçado escrever sobre, acho que nunca me imaginei fazendo isso, descrevendo como é ser mulher pra mim, e de como me tornei uma.
Você já se perguntou o que é ser mulher? Óbvio que deve estar pensando numa distinção biológica. Mas o que quero escrever vai além do sexo e a forma de um corpo. Falo de traços, de escolhas, acúmulo de experiências, características. Ser mulher pra mim que até pouco tempo atrás era tão menina é quase que me julgar uma anciã hoje em dia. Lógico que mantenho muitos traços de menina ainda, acredito que a começar pelo brilho nos olhos, e leveza de um sorriso. Mas se tratando de maturidade vejo que minhas experiências definiram muito esse caminho de ser e me tornar mulher. De olhar numa direção e falar é aquele ponto ali que quero alcançar, e principalmente chegar até lá sem precisar pisar em alguém, caminhando mesmo que devagar e em passos leves. É você ter carregar certas responsabilidades nos ombros e realmente não ter com quem compartilhá-las, e mesmo assim não desistir. É realmente ser forte. E mesmo envolta a tanta sensibilidade e fragilidade tirar forças de onde não se imagina ter para continuar. Na prática parece bem simples, mas olha, de simples não tem nada.
Aprendi a usar meus olhos de menina e treiná-los como se fossem olhos de águia, tentando me afastar do que não me faz bem. Aprendi que meu olfato não é feito só para sentir bons aromas, mas também para sentir o cheiro do perigo. E usar de sagacidade para garantir mais um dia de sobrevivência no meio dessa imensidão que é o mundo em que vivemos. Me permiti olhar para o espelho e ver além do que a imagem refletia, sempre procurando o algo mais. E sempre procurando me tornar um ser humano melhor depois de decepções, de perdas, de descobertas e até mesmo vitórias. E quanto as vitórias, nunca deixando que elas me tirassem a humildade, acho que esse é o fundamento da vida. Humildade, talvez uma das palavras mais fortes e bonitas que pude conhecer ao longo da minha curta vida. E um sinal breve de que a sabedoria deva estar tomando forma dentro de mim.
Sobre meus sonhos muitos permanecem os mesmos de menina, talvez pela minha essência mesmo, afinal somos seres mutáveis, mas sempre temos um ponto inicial, alguma referência. E acho que isso fez com que os meus sonhos se tornaram mais firmes, densos, mais meus. Minhas opiniões se tornaram mais fortes, assim como minha postura mediante as situações que fui posta diariamente. Hoje realmente entendo que sou posta à prova a cada instante, e que a vida é um grande desafio, porém nunca sabemos qual é o 'prêmio' final, acho que talvez seja o simples fato de ter tido a oportunidade de recomeçar todas as manhãs. É sim um grande milagre e mais ainda um privilégio. Percebi também que sempre temos duas opções, uma delas é ficar olhando o tempo passar diante dos seus olhos, ou sair por aí arriscando viver e deixar um belo legado. Nesse momento não falo como é ser mulher, mas sim como é ser humano, e o prazer que isso me dá.

Como mulher vejo o quão me faz me sentir viva poder mostrar que meus maiores valores não provém das minhas curvas. Mas sim da minha inteligência, integridade, força e principalmente, da minha humanidade. E o quão bonito isso é, porque isso vai morrer comigo, e se eu tiver filhos, isso será passado para eles. É uma reação em cadeia. Como mulher sinto que preciso ser respeitada, e que não careço de admiração de muitos, mas quem sabe de um só, ou daqueles que me cercam. Vejo que o tempo realmente avança como um louco num relógio, mas que se eu quiser eu tenho total direito para sentar e refletir sobre a minha vida e que decisões devo tomar, afinal nada é tão importante como o rumo dela. Hoje me permito escolher mais minhas amizades e não acho necessário ter realmente uma legião de pessoas perto de mim. Mas algumas em que possa confiar e dividir momentos dos mais simples aos mais complexos. Vejo que sapatos e vestidos não são os mais valiosos itens da minha vida, ou da minha lista de conquistas. Vejo que os valores morais são. E o que eles representam pra mim? Absolutamente tudo. E juro que minha consciência é muito mais tranquila hoje depois dessa análise. Me sinto mais leve, completa e inteiramente saciada assim. Como mulher planejo ser feliz na minha carreira, ser feliz comigo mesma, criando padrões e expectativas que dependam somente de mim. Quero ter uma vida financeira equilibrada, que me ajude a realizar minhas intenções, meus antigos e novos projetos de vida. Como mulher começo a realmente a pensar na possibilidade de gerir um ambiente familiar a longo prazo. Quem sabe ter alguém em que eu seja capaz de ser justa e adulta quando algo me incomodar comunicando claramente sobre, e agradecer com candura quando algo me fizer bem. Pode ser que isso ajude a completar, ser um bônus ao que entendo como felicidade.
Bom, é isso, eu tive um estalo bem definido. E foi ótimo! Espero fazer com que outras pessoas, tanto mulheres quanto homens possam refletir também.
Você já se perguntou o que é ser mulher? Óbvio que deve estar pensando numa distinção biológica. Mas o que quero escrever vai além do sexo e a forma de um corpo. Falo de traços, de escolhas, acúmulo de experiências, características. Ser mulher pra mim que até pouco tempo atrás era tão menina é quase que me julgar uma anciã hoje em dia. Lógico que mantenho muitos traços de menina ainda, acredito que a começar pelo brilho nos olhos, e leveza de um sorriso. Mas se tratando de maturidade vejo que minhas experiências definiram muito esse caminho de ser e me tornar mulher. De olhar numa direção e falar é aquele ponto ali que quero alcançar, e principalmente chegar até lá sem precisar pisar em alguém, caminhando mesmo que devagar e em passos leves. É você ter carregar certas responsabilidades nos ombros e realmente não ter com quem compartilhá-las, e mesmo assim não desistir. É realmente ser forte. E mesmo envolta a tanta sensibilidade e fragilidade tirar forças de onde não se imagina ter para continuar. Na prática parece bem simples, mas olha, de simples não tem nada.
Aprendi a usar meus olhos de menina e treiná-los como se fossem olhos de águia, tentando me afastar do que não me faz bem. Aprendi que meu olfato não é feito só para sentir bons aromas, mas também para sentir o cheiro do perigo. E usar de sagacidade para garantir mais um dia de sobrevivência no meio dessa imensidão que é o mundo em que vivemos. Me permiti olhar para o espelho e ver além do que a imagem refletia, sempre procurando o algo mais. E sempre procurando me tornar um ser humano melhor depois de decepções, de perdas, de descobertas e até mesmo vitórias. E quanto as vitórias, nunca deixando que elas me tirassem a humildade, acho que esse é o fundamento da vida. Humildade, talvez uma das palavras mais fortes e bonitas que pude conhecer ao longo da minha curta vida. E um sinal breve de que a sabedoria deva estar tomando forma dentro de mim.
Sobre meus sonhos muitos permanecem os mesmos de menina, talvez pela minha essência mesmo, afinal somos seres mutáveis, mas sempre temos um ponto inicial, alguma referência. E acho que isso fez com que os meus sonhos se tornaram mais firmes, densos, mais meus. Minhas opiniões se tornaram mais fortes, assim como minha postura mediante as situações que fui posta diariamente. Hoje realmente entendo que sou posta à prova a cada instante, e que a vida é um grande desafio, porém nunca sabemos qual é o 'prêmio' final, acho que talvez seja o simples fato de ter tido a oportunidade de recomeçar todas as manhãs. É sim um grande milagre e mais ainda um privilégio. Percebi também que sempre temos duas opções, uma delas é ficar olhando o tempo passar diante dos seus olhos, ou sair por aí arriscando viver e deixar um belo legado. Nesse momento não falo como é ser mulher, mas sim como é ser humano, e o prazer que isso me dá.

Como mulher vejo o quão me faz me sentir viva poder mostrar que meus maiores valores não provém das minhas curvas. Mas sim da minha inteligência, integridade, força e principalmente, da minha humanidade. E o quão bonito isso é, porque isso vai morrer comigo, e se eu tiver filhos, isso será passado para eles. É uma reação em cadeia. Como mulher sinto que preciso ser respeitada, e que não careço de admiração de muitos, mas quem sabe de um só, ou daqueles que me cercam. Vejo que o tempo realmente avança como um louco num relógio, mas que se eu quiser eu tenho total direito para sentar e refletir sobre a minha vida e que decisões devo tomar, afinal nada é tão importante como o rumo dela. Hoje me permito escolher mais minhas amizades e não acho necessário ter realmente uma legião de pessoas perto de mim. Mas algumas em que possa confiar e dividir momentos dos mais simples aos mais complexos. Vejo que sapatos e vestidos não são os mais valiosos itens da minha vida, ou da minha lista de conquistas. Vejo que os valores morais são. E o que eles representam pra mim? Absolutamente tudo. E juro que minha consciência é muito mais tranquila hoje depois dessa análise. Me sinto mais leve, completa e inteiramente saciada assim. Como mulher planejo ser feliz na minha carreira, ser feliz comigo mesma, criando padrões e expectativas que dependam somente de mim. Quero ter uma vida financeira equilibrada, que me ajude a realizar minhas intenções, meus antigos e novos projetos de vida. Como mulher começo a realmente a pensar na possibilidade de gerir um ambiente familiar a longo prazo. Quem sabe ter alguém em que eu seja capaz de ser justa e adulta quando algo me incomodar comunicando claramente sobre, e agradecer com candura quando algo me fizer bem. Pode ser que isso ajude a completar, ser um bônus ao que entendo como felicidade.
Bom, é isso, eu tive um estalo bem definido. E foi ótimo! Espero fazer com que outras pessoas, tanto mulheres quanto homens possam refletir também.
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